Dados históricos " wikipedia fonte Livre "
No Egito antigo, encontraram-se pedaços de couro curtidos há cerca de três mil anos a. c. Na China, a fabricação de objetos com couro já era efetuada muito antes da Era Cristã. A História registra, ainda, que babilônios e hebreus usaram processos de curtimento, e que os antigos gregos possuíram curtumes. Além disso os índios norte-americanos também conheciam a arte de curtir.
A partir do século VIII, os árabes introduziram na Península Ibérica a indústria do couro artístico, tornando famosos os couros de Córdova.
Em Pérgamo desenvolveram-se, na Idade Antiga, os célebres "pergaminhos", usados na escrita e que eram feitos com peles de ovelha, cabra ou bezerro. Com o couro eram feitos, também elmos, escudos e gibões. Os marinheiros usavam-no nas velas e nas embarcações de navios.
No Brasil, desde que a colonização se intensificou, os rebanhos se multiplicaram rapidamente Os curtumes eram instalados facilmente e o couro era utilizado para fazer alforjes, surrões bruacas, mochilas, roupas, chapéus, selas, arreios de montaria, cordas e muitas outras utilidades.
A região de maior concentração de curtumes de ribeira (fase inicial do processo) é o centro oeste do Brasil, devido a proximidade dos rebanhos. Em Portugal, é em Alcanena. Já os curtumes de couro semiacabado e acabado situam-se em sua maioria nas proximidades dos centros consumidores deste material, como as regiões calçadistas do Vale do Sinos no RS, além de Franca e Jaú, em SP.
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Utilização
Nos últimos anos, em virtude de ser um material de custo alto, pela tendência da moda e outras exigências da vida moderna, ampliou-se consideravelmente o mercado de materiais diversos sintéticos e naturais, em substituição ao couro. Também alcançou grande projeção no mercado o couro reconstituído ("recouro"), um misto de aparas de couro, resinas e outros produtos.
É importante salientar que é proibido por lei o uso da palavra "couro", como por exemplo "couro sintético" ou "couro vegetal" para qualquer material que não seja de origem animal, de acordo com a lei 11/211 de 2005.
De qualquer forma, o couro não perdeu sua posição de material nobre, sendo requisitado para a confecção de estofados (moveleiro e automotivo), calçados, vestuário e acessórios (bolsas cintos, carteiras, maletas, pastas) no mundo inteiro.
O couro bovino é o mais utilizado, devido a ser o mais abundante do mercado e ao preço mais baixo. O segundo mais utilizado é o couro caprino, devido também à facilidade de obtenção, que torna os preços competitivos, e principalmente pela sua qualidade, que é maior do que a do couro de boi. Entretanto, também tem crescido a procura pelos couros suíno, ovino e de outras espécies de animais como o jacaré, cobra e leitões mais recentemente, de rã e peixe.
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Defeitos mais comuns no couro
Berne : São furos encontrados no couro, causados pela larva da mosca conhecida como berne. Em peles envernizadas ou prensadas, deve ser feita uma verificação pelo carnal, pois o defeito normalmente não é visível por ser coberto pelo verniz ou pelo deslocamento do material próximo ao furo.
Carrapato : São marcas(cicatrizes) feitas pelo carrapato, e aparecem nos couros que não têm a flor lixada.
Cortes de esfola : São cortes que aparecem no couro, às vezes não o transpassando, causados por faca, quanto da retirada do couro do animal abatido.
Marcas de fogo : São defeitos causados pelas marcas de identificação do animal, que causam grande prejuízo nos couros.
Riscos : São defeitos causados normalmente por chicote, arame farpado ou mirão, e que aparecem na flor do couro.
Veias : São as artérias do animal, que por problemas de estrutura se alargam e ficam perto da flor, aparecendo após o curtimento
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Cuidados necessarios :
TIPOS DE COURO (os mais comuns)
Couro legítimo (tradicional): a matéria prima é o couro de origem animal que é submetido por processos artesanais ou industriais (curtido com sais de cromo) para manter a mesma resistência original, porém com design e acabamento de fábrica.
"Couro" sintético: produzido em fábricas com componentes químicos (polímeros - derivados de petróleo ou PVC reciclado), origina um material que aparenta o couro legítimo, porém com uma menor resistência.
Laminado vegetal ("couro" vegetal): feito à base de látex natural, extraído das seringueiras.
CONSERVAÇÃO
couro legítimo precisa de ventilação, do contrário, pode mofar e descolorar. Desta forma, evite guardá-lo em sacos plásticos e, antes de colocá-lo em um lugar seco, tire o pó com um pano macio ou flanela. é importante colocar as roupas em cabides, protegidas com capa de tecidos, nunca plásticas. Já os sapatos, bolsas e acessórios, em saquinhos de TNT, flanelas e similares.
"O ideal é pelo menos uma vez ao mês deixar a roupa um pouco fora do armário, em local arejado e à sombra, isso evitará o odor forte do couro",
LIMPEZA
Sempre que possível, recorra às lavanderias especializadas na hora de lavar uma roupa de couro "pois as peças passam por um processo industrial que não só limpam, como tratam", explica Patrícia.
Em casa, use produtos de limpeza específicos (nunca produtos de limpeza ou álcool!) obedecendo suas instruções na seguinte ordem: tire o excesso do pó ou sujeiras superficiais com pano limpo, seco e macio; aplique o produto de limpeza (em gel ou aerosol); espere secar. Para os sapatos, complemente com graxa ou mousse e para bolsas, com um protetor para prolongar a limpeza (somente para couros lisos, camurça e nobuck).
Detalhe importante: para artigos em verniz, utilize produtos específicos para esse material para evitar manchas e destruição do brilho. Para roupas em couro sintético ou vegetal, use apenas água e sabão. Após, secar à sombra (nunca no sol).
PODE PASSAR ?
Passar com um ferro à 100°C protegendo com um tecido branco e limpo por cima", . Mas vale ressaltar: dependendo da marca o couro marcado não tem recuperação, então guarde sempre as peças em cabides para evitar esses danos.
FUJA DA CHUVA !
Lembre-se: o couro molhado encharcado pode mofar. Portanto, evite utilizar uma peça em dias chuvosos Jaquetas , Casacos , Coletes , Luvas Etc
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IDENTIFIQUE SE O COURO É LEGITIMO
O couro é um material facilmente identificável dada a suas características e texturas. Porém enquanto um leigo não vê diferença entre os tipos de couro, uma pessoa mais experiente pode availiá-lo com mais precisão, evitando dessa forma a compra de materiais fora de seus padrões desejados ou com preços abusivos sobre compradores desavisados.
Basicamente, existem três tipos de couro: sintético, ecológico e o legítimo. Peças sintéticas são feitas a partir de compostos químicos, como o Poliuretano, que lembram superfícies de vinil e resinas. O couro ecológico segue o mesmo processo dos couros sintéticos, com a diferença de que são feitos a partir da seringueira, sendo mais sustentáveis que outros tipos. O couro legítimo, o mais procurado e também o mais caro, é feito a partir de peles de animais, como jacarés, por exemplo. Embora cobiçados, sua produção é controversa dada suas origens.
Apesar das polêmicas, couros legítimos são facilmente pelas características levemente superiores aos demais tipos. São impermeáveis MAS nao recomenda-se molhar , possuem maior elasticidade, e mesmo o cheiro dura por muito mais tempo que um material sintético. Avalie estes fatores antes de adquirir uma peça de couro, para não se sentir prejudicado após a compra.
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TIPOS DE COURO DE ACORDO COM A ORIGEM
Vacum : Quando o couro for de origem bovina.
A procedência do nubuck e camurção é das peles bovinas.
A pele bovina face ao tamanho e espessura - é dividido em duas partes: Flor e Raspa que servem para obtenção de couros utilizados na confecção de calçados, bolsas, vestuário e estofamentos.
Suíno : Quando o couro for de origem suína.
Couro obtido do porco. Amplamente usado no vestuário por ser fino macio e muito resistente à fricção. É dividido em duas partes: Flor e Raspa. É fácil ser identificada, porque os folículos pilosos são bem desenvolvidos. Tem aspecto da pele humana. Por questões de valorização comercial as peles de porco são comparadas as de antílope.
Caprino : Quando o couro for de origem caprina.
A procedência da camurça legitima é das peles de cabra. Os vestuários originados de pele de cabra são leves e macios. A pele de cabra é um couro resistente. É muito utilizada na fabricação de sapatos e bolsas femininas. Pode ser acabada para o vestuário na qualidade de camurça ou couro pelica (liso) em peças como luvas e vestuários com flor integral. Os melhores pergaminhos e couros para encadernação são de cabra. As peles de cabra com a flor lixada apresentam as mesmas características do chamois.
Ovino : Quando o couro for de origem ovina (ovelha, carneiro, borrego).
A procedência do chamois legitima é o carneiro. É um couro macio, altamente elástico e tem capacidade de absorver e eliminar facilmente grandes quantidades de água. No processo produtivo pode ser submetida à operação de divisão, resultando daí em dois tipos de peles:
Camada Inferior ou Raspa , Depois de curtida transforma-se em couro classificado como CHAMOIS, aplicado na confecção de vestuário, limpeza de equipamento óptico e na fabricação de luvas, sendo ainda empregada para filtros de gasolina.
Camada Flor :
A camada flor pode ser levada a uma diversidade infinita de curtentes e proporcionam couros finíssimos, principalmente os curtidos brancos. São empregados em vestuários, bolsas, sapatos e encadernações.
Mestiço : Pele bruta de diversas espécies de carneiro, cuja porção de pele é constituída de pelos que apresentam similaridade com os da cabra (pelica). Quanto à origem não há uma literatura definida a respeito das peles de Mestiço, (o cruzamento entre caprinos e ovinos) designados como Sem Raça Definida-SRD. Os vestuários originados das peles de Mestiços são os mais leves nobres e possuem preço e procura elevado no mercado. São fáceis de serem identificados por apresentarem excelente resistência, maciez e um toque sedoso. As roupas confeccionadas com esse tipo de couro podem ser do tipo camurça, Chamois e Napa .
Camurça : o couro permanece com a flor. Porém, no acabamento, objetiva-se o carnal do couro.
Chamois : quando se utiliza o carnal ou parte inferior da divisão do couro ou através de efeito (retirada da flor com lixadeira) ganha a denominação de chamois.
Napa : Uso desse couro pela parte superior (flor integral), é denominado como napa. As napas oriundas das peles mestiças são as mais procuradas para a confecção de vestuários.
Exóticos : Quando o couro for obtido de pele de peixes, crocodilos, pés de galinha, rãs, cobras coelhos e outros pequenos animais. Por serem muito pequenos, estes couros em geral são usados para confecção de acessórios como pulseira de relógio, detalhes de sapatos, bolsas, jóias e ultimamente largamente empregado no vestuário. As peles com pêlo ou lã e as de peixe cobra crocodilo, mesmo depois de curtidas são chamadas de peles.
Couro de antílope: Quando o couro for de origem na família dos bovídeos, natural do continente africano. Não existe pele deste animal disponível no mercado nacional. Em algumas regiões dos Estados Unidos são encontrados criadores desses animais para a exportação da pele Classificar como antílope qualquer outra pele de animal é um engano.
Couro de bezerro : Quando o couro for de origem bovina e recém-nascida. Cromo alemão ou Box Calf é a classificação dada para as peles de bezerro utilizada pela indústria de calçados masculinos. É indicado também para confecção de vestuários leves. Costuma ser confundido com a pele de cabra.
Couro de búfalo : Quando o couro for de origem bufalina. Ainda há pouca oferta do mercado Possuem elevada espessura, poros bem definidos e é empregado em botas, calçados e roupas mais rústicas.
Nonato : Quando o couro for obtido de peles de origem bovina natimortos.
Gamulã : Termo genérico para os curtidos com lã (ovelha, carneiro, borrego).
Eqüino : Quando o couro for de origem eqüina. Do couro originado das peles de cavalo são obtidos peças de vestuário do tipo camurça e napa. Próprio para roupas leves e de um padrão de qualidade superior. Não é divulgado comercialmente.
Avestruz : Quando o couro for originado do avestruz. O couro do avestruz é naturalmente identificável, pois apresenta folículos salientes na região central de sua extensão (denominada diamante), deixados nos locais onde as plumas da ave estavam inseridas. Sua utilização é recente no mercado e vêm sendo muito usado na linha de calçados, bolsas e vestuários também é classificado como couro Exótico.
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